Como lidar com a decepção amorosa?
- Rafaela Maximo
- 29 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de mar. de 2024

Assim como as pessoas têm o direito de decepcionar, nós temos o direito de nos chatear. E de brinde (que ninguém pediu) também temos a responsabilidade de descobrir o que com esse sentimento. Ele pode ser beeem desagradável, não é? Aquela aflição no corpo, os pensamentos que não param....
Vamos lá:
Por que é importante lidar com isso?
A decepção amorosa pode mudar os eixos das nossas vidas e a forma como nos relacionamos — pode prejudicar nossa habilidade de confiar no outro e nos levar a sabotar nossas futuras relações (tanto consigo quanto com outros). Por isso, temos o DEVER de olhar para isso com carinho e paciência, algo que nunca se é tarde para fazer.
E como lidar com a decepção?
Apertem bem os cintos para o que eu vou falar.
Primeiramente: é importante entender que não existe como se tornar imune à decepção. E não existe uma receita mágica para fazer a dor passar. É importante aceitar que a dor existe, se permitir sentir, se ouvir, e em algum momento entender de onde ela vem. Dar um pouquinho de espaço para ela. Pode ser cruel e dolorido ler isso, eu sei, mas vamos aos pouquinhos, sim? Estou pegando na sua mão agora, com firmeza.
Se pergunte:
Que expectativas foram quebradas?
Que feridas passadas isso pode ter mexido?
Você está sentindo que perdeu algo, ou foi desrespeitada?
Que sonhos, que desejos foram afetados?
Que história passada foi "manchada"?
Como essa decepção impactou na sua rotina? O que você fazia ou deixava de fazer com aquela pessoa? Que rituais foram perdidos?
É importante entender que rupturas podem envolver um sentimento de perda tão forte (mesmo sem envolver uma m0rt&) que chamamos de LUTO. Luto pelo não vivido. Luto pelo que não foi. Luto pelo que deixou de ser. E, como tal, precisa ser cuidado. Isso só pode ser feito quando entendemos a nossa vivência: entendemos o que era importantte que foi perdido.
Tudo nos leva a outro ponto:
Cuidado com o que você escolhe carregar ao longo da vida. Algumas bagagens não fazem mais sentido no seu momento atual e são apenas um peso extra, que te seguram, te atrasam.
A decepção faz parte, sim. Mas quando nos alastra, domina, quando rumina nosso peito e nossos pensamentos, mexe com o nosso cerne, com nossa motivação, com o colorido da vida, a coisa fica perigosa e pode evoluir de uma forma bastante prejudicial. Outras áreas da sua vida, outras pessoas, outros caminhos e sentimentos podem ficar nebulosos, incompreendidos e esquecidos.
Não entenda mal:
Sentir é importante. Entender é importante. Ficar de luto pode fazer parte do processo. É normal sentir raiva, tristeza, ou se sentir sobrecarregada por um momento com toda a situação. Mas a ruminação contínua desses sentimentos é um sinal de alerta para que você comece a repensar no que está acontecendo na sua vida e com a sua saúde emocional.
Por isso:
— Faça um exercício mental de esvaziar aquela bagagem sobre a qual falamos: o que você pode deixar para traz?;
— Ajuste suas expectativas em relação às pessoas, seja realista quanto ao que cada um realmente é capaz de oferecer;
— Se engaje nas coisas que você gosta ou redescubra seus interesses, dirija sua atenção para outras coisas;
— Dê mais espaço para as pessoas que se importam com você e fazem sentido na sua vida;
— Cuida da sua saúde física: sono, alimentação, exercícios! (assim você terá mais disposição e mais neurotransmissores trabalhando a seu favor <3)
— Busque ajuda profissional caso esteja precisando!
E apartir daí, lembre-se: saiba que assim como o outro pode escolher ser quem quiser ser, e você não pode obrigá-lo a ser diferente...
Você também pode o escolher o que e quem você quer para a sua vida.
(sempre se atentando para não cair no outro extremo da moeda: aquela na qual se começa a evitar demais outras pessoas por conta do fantasma da decepção; o medo de ser decepcionada novamente).
Sinta-se abraçada caso esteja precisando, viu? É hora de se reconectar consigo mesma!
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